sexta-feira, agosto 13, 2010

OOOOOOOOOOOOOOOI THIAGO!!!!

quarta-feira, julho 25, 2007

Um texto sem fim.

Seria impossível, de fato, que foste apenas uma reminiscência, uma lembrança nostálgica. É claro que te esquecer fez parte de todos os meus objetivos desde que te conheci, mas, como todos os outros, este se perdeu no caminho e parou na alfândega da dúvida.
Já não sei se é certo sustentar tanto amor, mas o fato é que te esquecer virou mais que um objetivo, passou a ser uma punição como se eu fosse uma criminosa por simplesmente amar, ou te amar. Eu não vejo razoes, não vejo ceticismos, não sei o que é falta de sentimentos quando vejo um A ou um B, ou um peito pseudocab
eludo em que eu possa deitar pra vida inteira ou qualquer abraço quente como nunca provei igual, ou ainda, um encontro de olhos que se ligam num prazer impossível que, concomitantemente, é físico e emocional.
Eu não sei o que fazer com esses olhares perdidos que já te viram na reviravolta do prazer. Eu não
sei o que é tua busca enquanto o nada é muito mais perto e o vazio me completa como teu corpo cheio de desejo. Eu não sei o que é proferir palavras frívolas enquanto a única coisa que carrego é um caminhão de significados, que só fazem jus a tal palavra quando proferidos a ti. Eu não sei o que é um colo, um abraço, um puxar de cabelos. Tu roubaste todas essas vontades de mim para que ficasse apenas o vazio como concreto. Eu não vejo mais magia num beijo porque tu roubaste todo o feitiço da vida.
Foste e não foste único e eu já não sei conviver com essa dualidade que me corrói tal qual uma ferida dilacerada. Eu te amo e te amar dói. Dói conhecer tal sentimento se sempre o ostentei com tal ganância e nunca tive retorno algum. Dói a imaginação solta que simula momentos futuros que não acontecerão. Dói descobrir tua pele áspera que amaciara a minha, tua boca seca que me matava a sede, teu corpo frio que me proveria do inverno mais rigoroso.
Eu imploro chances, momentos, tempo. Eu suplico tu, tua gargalhada e teu jeito comum e tão único de encarar a vida e fazer com que eu a prove. E, por isso, dói como se eu tivesse batido o cotovelo na quina da mesa. Dói tua ausência que me tatua de melancolia e retira tudo que tinha de mais precioso como significado. Dói como um câncer que me retira forças e esquece minhas necessidades mais humanas, que me apartem da sobrevivência, que só recebe o prefixo porque dilaceraste minhas gargalhadas da vida.

Eu te amo e te amar dói. Lateja como meu olho cansado de verter lágrima e sugar palavras inúteis que me aliviam. Arde meu corpo de vontade de um calor que exale teu cheiro de desejo, arde meu coração de vontade de transbordar de intensidade que só é tal quando tu atribuis sentido.

segunda-feira, julho 23, 2007

Círculo sem fim.

E a vida dá suas voltas. Voltas e voltas e acaba num mesmo lugar. Eu já não sei distinguir mais nada. Não sei se há razão ou emoção, ou se as duas coexistem. É estranho interpretar sinais e confiar naquilo como um último fio de esperança desgarrada na vontade de te perpetuar nos meus sentimentos. Eu te sinto em tudo. Sinto na música descoberta, no beijo sem vontade, no azul quente do meu quarto, no lado vazio da cama, no vinho envelhecido, nas palavras frívolas, no abraço vão, na vontade adormecida. Eu te vejo nos sonhos mais profundos e nos pensamentos vagos, mas não ensaio teus gestos na realidade. Procuro tua voz em todos os sons, e só escuto tua conversa quieta.

Tua ausência me desespera. Eu finjo, eu sei, eu finjo tão bem em superar tua falta que quase pareço uma atriz, com o dom nato da arte cênica. O dom de fazer arte com o meu coração. Mas o fato é que, de tanto representar eu me perco nos caminhos que a vida me mostra – só têm armadilhas e eu cansei de me estraçalhar nelas porque não vejo outro destino senão tua busca.

Tanto tempo faz depois da última cena e eu não sei fechar as cortinas e acabar o espetáculo. Tu não me ensinaste a arte de desamar e o máximo que consegui foi odiar. Odiar teu sono gostoso e teus braços quentes, junto com teu ritmo perfeito e o jeito único de me fazeres feliz sem perceber. Eu odiei tanto isso que te amei por uma ausência e, novamente, acabo de te odiar pela octogésima nona pra te amar pela milésima vez.

Tua falta me cansa tanto que já não tenho forças pra te procurar. Sigo e não sigo teus passos na esperança única de acabar com a nostalgia que só não me cansa de explodir.

Meu amor por ti não passa, não dá voltas, não muda porque já atingiu o limite máximo, que nem a física nem Platão explica. Enquanto isso, o mundo continua a girar, as pessoas vêm e vão, as dores amenizam, a memória seleciona, os erros são corrigidos e o amor, ah, o amor... esse imortaliza.

quinta-feira, julho 19, 2007

Um pouquinho só de mim.

Eu sou um mundo de mundinhos insanos colidindo entre si. Já tentei colocar um mundinho de certezas e razões no meio deles, mas começou uma guerra sem tamanho e tive logo que retirá-lo.

Eu ando por linhas tortas evitando as retas não porque eu quero, mas porque ainda não vi opção melhor. Meus mundinhos me trazem vida em cada sorriso e cada lágrima e, por isso, prefiro eles a ter metade alegria, metade tristeza ou ser metade qualquer coisa.

Eu tenho resquícios da infância que não consigo me desvencilhar. Eu durmo com um coelhinho, eu sonho com príncipes encantados e acredito demais que toda pessoa tem um coraçãozinho ardendo de bondade por trás de tantas atitudes ininteligíveis.

Eu sou daquelas pessoas que podem chamá-lo de meu amor depois de uma semana, mas que vai demorar muito tempo até ter certeza pra dizer que o ama. E acaba sempre perdendo a oportunidade de fazê-lo. Eu sou daquelas que, quando ama de verdade, não mede entregas e ainda faz as maiores burradas por não suportar tanta incerteza que o amor é. Eu sou dessas meninas que amam burras, mas amam tão burras que pensam que não vão mais aparecer sapinhos que nos fazem esquecer do mundo só de ouvir uma sílaba com aquela voz, e acabam por ficar com mais medo do amor que de lagartixa. Aí resolvem fazer justamente o contrário do que queriam, jurando que enganam o que sentem. E, dessa forma, vai colocando tudo fora, todos os melhores abraços que a vida deu.

Eu tenho nojo de "pessoas" que se acostumaram com o infanticídio mundial, que cruzam os braços pras crianças fuziladas, morrendo de fome e aids, joagadas ao léu e resolvem mudar a lei depois de um sensacionalismo qualquer. Não menosprezo dor alguma, mesmo porque também derramei minhas lágrimas para os fatos, mas é estúpido se ater à violência só depois que a vítima é a classe média.

Eu tenho algumas convicções extremas que não mudo de jeito nenhum. Quando começo a discutir, não vejo limites. Aliás, limites são medíocres e espero não me deparar com palavra tão pejorativa durante o percurso das minhas conquistas. Teimosia é uma boa definição pras minhas atitudes.

Eu me preocupo demais com coisas pequenas e deixo de lado as coisas grandes, confiando num sexto sentido que nunca existiu em mim.

Eu odeio clichês e conceitos pré-estabelecidos, mas realmente não imagino a vida sem todos os meus amigos me fazendo rir e acreditar que a vida pode ser boa. Queria poder abraçá-los todos e entregar meu coração cheio de remendos a cada um. Mas eu tenho braços tão pequenos e meu coração é tão único que limitam minhas vontades. Ah, verbinho, como eu te tiraria da nossa gramática se eu pudesse...

Eu tenho manias de fazer planos com as pessoas que aparecem na minha vida. Basta um beijo e eu já me imagino em viagens, almoços em família, andar de mãos dadas, café na cama, acordar no meio da noite. E, junto com essas manias, a pior de todas é acreditar que isso um dia possa se tornar verdade. São maniazinhas, que peguei sabe-se lá de onde, de achar que tudo pode ser pra sempre.

Eu, com quinze anos, não imaginava que um dia iria morar sozinha. Com vinte, continuo não imaginando como fazer. Mas vou levando, acreditando que um dia a vida há de pôr juízo.

Eu tenho costume de errar, mais que de acertar. Eu erro em escolhas, questões, palavras e atitudes. Umas eu tento consertar, outras eu só tento entender. Mas, nenhuma delas, fez as coisas voltarem como antes. E, incrivelmente, continuo errando nessas mesmas situações.

Acho que no fundo, no fundo, eu acredito que um dia a vida vai dar certo pra mim. Quer dizer, várias coisas dão certo, mas a maioria dá errado. Ou eu tenho que extingui esse conceito de certo e errado ou eu tenho que desenvolver uma paciência que nunca existiu aqui dentro da inquietudo absurda de tantos mundinhos insanos.

E eu sou assim, com mais milhões de palavras exaustivas, simples assim.